Dor: castigo ou benção?

Cada religião ou corrente filosófica tem uma forma diferente de encarar a dor e o sofrimento. Muitos encaram a dor como uma fatalidade. Outros, como expressão da vontade dos “deuses” e, portanto, sem direito à contestação.


 
Afinal, é permitido diminuir o rigor das próprias provas? A resposta vem com outra pergunta: “é permitido aquele que se afoga procurar se salvar? Aquele que se espetou num espinho retirá-lo? Ou aquele que está doente buscar um médico?”

 
Alguém pode perguntar: “mas se estou doente, será que Deus não quer que eu fique doente?” A resposta é: Não! Se Deus quisesse que ficássemos doentes, não teria nos dotado de inteligência, não teria permitido o avanço da ciência e do conhecimento humano.

 
Qual é então a utilidade da dor e do sofrimento? No que nos ajudam? Ajudam a desenvolver a resiliência, a perseverança, a resignação, a buscar o verdadeiro sentido da vida e a necessária transformação. Quem compreende a finalidade da dor tem mais condições de superá-la. O primeiro passo é querer, é a vontade de buscar. “Buscais e achareis”. Ou: “ajuda-te que os céus te ajudarão”. Cada um tem que fazer a sua parte.

 
Foi assim que saímos da barbárie para a civilização, do atraso para o progresso. Infelizmente, tem muita gente que ainda não saiu de suas cavernas mentais e espirituais e continua agindo como se estivesse em mundos primitivos.

 
Às vezes precisamos ser sacudidos para sairmos da mesmice e da estagnação. Somos seres evolutivos, precisamos andar, voar, sonhar, amar, mas para irmos ao infinito dos ares, precisamos mergulhar nas profundezas interiores dos nossos mares.

 
Afinal, a dor e o sofrimento são castigo ou benção? Podem ser um ou outro, mas sempre serão oportunidade de fortalecimento interior e de evolução. Agora e depois.


IFFAR OU ULBRA?

O anúncio de cem novos Institutos Federai de Ensino pelo presidente Lula trouxe expectativa, preocupação e esperança para Santa Maria. Tudo resolvido pela informação esclarecedora de que Santa Maria já está com seu processo encaminhado, e a criação de um campus sede aqui depende mais de um local do que de qualquer outra coisa. 


Em conversa com a reitora, Nídia Heringer, ela me informou que a instituição deve anunciar a partir de abril 11 novas unidades vinculadas à reitoria de Santa Maria. O problema é que o local visado tem dono. E o dono não pretende sair. E mais, está em processo de expansão, me disse Mauro Cervi, diretor do campus da Ulbra em Santa Maria. 


Declarou que a instituição é possuidora do registro de doação e escritura dos 16 hectares, com mais de 10 mil metros quadrados de área construída, na BR-287, Trevo Maneco Pedroso, distrito de Boca do Monte. Salientou que a única possibilidade legal de perder a área, estipulada em cláusula contratual, seria se a Ulbra fosse embora, e isto, no momento, não está em cogitação. Novos cursos deverão ser anunciados em breve. A unidade de Santa Maria, segundo ele, está em expansão e em movimento. Então? IFFAR ou ULBRA? Os dois. Cada um no seu devido espaço. 


Afagos e desconfianças  
Enquanto as relações entre governo e prestadores de serviço não se resolvem, a preocupação dos usuários é cada vez maior. O anúncio da liberação de mais de R$ 120 milhões em reforma e ampliação da rede hospitalar, por parte do governo do Estado, é um sinal de boa vontade. 


Ao mesmo tempo, porém, o setor sofre com dificuldades cada vez maiores, sobretudo no âmbito de atendimento aos usuários do IPE Saúde. Tanto que tem até paralização anunciada para abril, se o decreto editado não for alterado. 


Em meio a este fogo cruzado, surge um outro componente, técnico, para aumentar a pressão e causar aceleração de batimentos: a auditoria feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), apontando a má gestão hospitalar como causa do aumento de mortes evitáveis, perda de confiança na saúde pública e piora na qualidade de vida da população. Haja saúde para resistir à tamanha tensão.


Sem vacina  
Moradores da Zona Norte, uma das mais populosas de Santa Maria, vêm cobrando insistentemente a aplicação das doses de reforço da vacina contra a Covid-19 naquela região. Pessoas idosas ou com dificuldade de locomoção pedem explicações e, principalmente, atendimento de suas (justas) reivindicações.


Leilão sem data
Pela expectativa criada, levando prefeito e vice a São Paulo, além de assessores do alto escalão, aguarda-se informações mais “claras” sobre o leilão da iluminação pública em Santa Maria. Resta saber se as correções necessárias já foram feitas, para evitar novos adiamentos e frustrações.


Muitos quilos de solidariedade 
Aniversário de 30 anos do Projeto ONG Trabalho Social Solidário, na Nova Santa Marta, foi comemorado com bolo e feijoada, na sexta-feira pela manhã. Apesar da chuva, foram servidos 25 quilos de feijão e saboreado um bolo de 3 metros. A distribuição regular de alimentos vem sendo feita pelo casal Jurema e Francisco Portella, moradores antigos do bairro. O novo desafio de Francisco é a criação de uma horta comunitária.


Além de apoios importantes, como do Banco de Alimentos, Mesa Brasil do Sesc, instituições públicas e privadas, o projeto está precisando de ajuda para continuar ajudando a quem muito precisa. Materiais para a horta, cobertura para a conclusão da cozinha comunitária, ajuda voluntária e doação de gêneros alimentícios é o apelo feito à comunidade. Contatos pelo WhatshApp (55) 99701-6337.

 
A vida continua, nesta e em outras dimensões.


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